Vou andar por aí

Thursday, October 19, 2006

Ainda Correndo Atras

Ainda havia algumas coisas a resolver. Tentei comprar o passe do onibus, mas nos quiosques da empresa de onibus ninguem falava ingles e nao conseguiam me entender. Procurei Tonko para peir ajuda e ele me mandou procurar Zrinka (coordenadora dos estudantes extrangeiros da IAESTE daqui). Sergio que tambem precisava resolver algumas questoes ligou para ela que nos mandou procurar Tonko ou Nikola. Entao nesse jogo de empurra-empurra eu procurei por Nikola que me pediu para procurar Tonko ou Zrinka. Fiquei puto, respirei fundo e com calma disse que ja havia procurado todos eles. Entao para minha surpresa, o dignissimo e muito responsavel presidente da IAESTE daqui me mandou pedir ajuda aos poloneses que moravam comigo pois eles ja haviam feito tudo isso e saberiam o que fazer. Falei com Tomasz e Marcin e chocados eles disseram que me ajudariam na medida do possivel.

Alguns dias depois, no trabalho, o pessoal me cobrou que eu abrisse logo minha conta no banco para que pudessem me pagar. Contei a eles o que havia acontecido e me aconselharam a voltar a procurar o pessoal da IAESTE pois eu poderia ter alguma dificuldade sem alguem que falasse croata comigo. Entao eu e Cristina(que trabalha no mesmo laboratorio que eu) fomos novamente a sala do intercambio onde finalmente encontramos Zrinka, que prometeu nos ajudar no dia seguinte.

No dia seguinte descobri que Tonko havia esquecido de me entregar um documento que seria necessario para abrir a conta, mas Zrinka me providenciou tal documento. Ai eu entendi por que seria bom ter alguem que falasse croata comigo, nunca vi tantar burocracia para abrir uma simples conta bancaria. Mas depois de varias idas e vindas entre o banco uma uma reparticao publica que regulamenta estagios, e depois de uma manha inteira perdida por causa disso, finalmente consegui abrir a conta.

A essa altura ja nao valia mais a pena comprar o passe de onibus, pois este era valido do primeiro ao ultimo dia do mes ao inves de ser um mes corrido a partir da data da compra. Entao resolvi esperar para comprar somente em outubro.

No dia anterior quando encontramos Zrinka ela no convidou para tomar um cafe (habito muito comum aqui no final da tarde) entao sentamos ao bar e ficamos conversando. O ato de tomar cafe aqui no final da tarde significa sentar no bar de demorar umas duas horas para tomar um simples xicara enquanto se conversa ou se le um jornal ou revista quando esta sozinho.

E nesse clima ficamos conversando ate que Zrinka confessou que “por minha causa” Sergio tambem havia chegado sem ninguem esperando por ele na estacao de trem. Disse que ninguem na IAESTE se lembrava que eu estava vindo e quando Tonko me disse que pensavam que eu chegaria somente dois dias depois, ele pensou que eu era Sergio e que havia chegado mais cedo, por tanto ninguem foi busca-lo quando ele chegou. Por fim so se deram conta de que eu existia depois que sergio chegou e gerou uma grande confusao entre eles, que acabaram se lembrando que existia um brasileiro tambem. Como eles podem ser tao desorganizados? Como nao notaram que ao inves do Sergio, portugues e estudante de arquitetura eu era Marcelo, brasileiro e estudante de engenharia de computacao? Como nao perceberam desde o inicio que eu chagar de aviao ao inves de trem e alguns dias antes ja sinalizava alguma coisa de errado? E como que so foram perceber que eu nao era quem eles pensavam depois que quem eles pensavam finalmente chegou? Bem vindo a IAESTE de Split.


Prox. Capitulo: A Radio

1 Comments:

At 1:17 PM, Blogger Sérgio Xavier said...

Eh a velha historia de que chines e japones; brasileiro e portugues, eh igual ao litro!

 

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